Chapada dos Guimarães/MT

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*As fotos de hoje são da Chapada dos Guimarães:
Já na Chapada
No fim de semana que passei em General Carneiro perguntei a várias pessoas sobre a situação da estrada a frente e muita gente me alertou com bastante ênfase sobre a reserva indígena do Sangradouro e também sobre os quase 200km sem civilização, de trechos acidentados e sem acostamento.
 Início da viagem em trecho cansativo e perigoso
 Mesmo assim eu estava decidido a enfrentar essas dificuldades. Meu joelho direito já estava quase sem dor, praticamente sarado do ultimo esforço nas subidas maiores que antecederam a cidade de General Carneiro e eu acreditava que os problemas que eu estava tendo na transmissão das marchas não era tão grave a ponto de me impedir de continuar. Eu estava enganado, 
depois de um tempo as marchas leves não estavam entrando direito, como se a corrente estivesse frouxa, passando cabelo a todo tempo. Tentei regular da melhor forma, mas não adiantou, e ainda por cima acho que piorei o problema. Tudo começou com alguns vacilos que dei no momento das trocas de marchas durante as descidas e subidas dos trechos mais críticos em velocidade, nas estradas de barro e pedras soltas que passei ainda em Goiás.
Impossibilitado de progredir nas subidas com força total e visto que o trecho pela frente seria bastante critico e técnico, preferi parar no posto e tentar pegar uma carona até uma região mais plana e civilizada. Queria agradecer a ajuda do Iloir (Tchê) pelos cocos e pela ajuda com a carona.
Carona do Diego
Depois de algum tempo no posto de combustível consegui uma carona em um microônibus, guiado pelo Diêgo, que foi muito gente boa, ele me deu água e me levou a Campo Verde, localizada em uma região bem mais plana de chapadão. Lá eu almocei e segui numa viagem relativamente mais tranquila até a Chapada dos Guimarães.
Fiquei com um pouco de frustração por não ter conhecido as aldeias indígena e também por não ter sentido no pedal a sensação da mudança da paisagem das áreas de reservas até a região dos grandes latifúndios, de onde escoa praticamente toda a produção agroeconômica do estado do Mato Grosso, de onde reinam as lavouras de milho e algodão a se perderem de vista no horizonte, além de uma mescla com algumas propriedades pecuaristas e plantações de cana-de-açúcar. 
Plantação de algodão
O maior fervor econômico onde se impulsiona o agronegócio no estado se perpetua nos entornos da cidade de Primavera do Leste, onde pude averiguar esta efervescência comercial voltada ao suporte agrícola.
Na chapada dos Guimarães o tempo não estava ajudando muito, tudo estava coberto pela neblina, então decidi caminhar até um campping na saída da cidade para conhecer o que pudesse e ao chegar lá encontrei um casal de cicloturistas que estavam vindo da Guiana Francesa e estavam pedalando de Rondônia com destino a Foz do Iguaçu e depois Paraguai. A Chrystele é francesa e o Seishi é japonês. 
Chrys e Seishi
Foi um grande prazer conhece-los e compartilhar experiências e emoções de nossas cocloviagens. Conversamos por horas em uma linguagem INGLESPANHORTUGUES para nos compreendermos kkkkk...
Macambira gigante
*AMANHÃ TEM MAIS FOTOS! 
VALEU, GALERA!!
RUMO AO TOPO!

Um comentário:

  1. A dinâmica das possibilidades de vivência são incríveis. Por trás da beleza da chapada dos Guimarães muitos encontros e emoções.

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